(Foto: Jornal Folha da Cidade)
A lista dos financiamentos do BNDES no exterior, divulgada sexta-feira (18), dá sentido às relações promíscuas do ex-presidente Lula com a Odebrecht, que ele beneficiou com 80% das obras em ditaduras latino-americanas e africanas. Integrantes da Lava Jato acham que dinheiro do BNDES acabou no bolso de Lula. Emílio Odebrecht, controlador da empreiteira, confessou até mesmo que havia uma "conta corrente" de R$ 300 milhões para o ex-presidente presidiário gastar como quisesse.
Pagou, levou
A relação entre Lula e a empreiteira baiana foi baseada em corrupção, simples assim. A Odebrecht pagou e levou os melhores contratos.
Pacotão de negócios
A construção do Porto de Mariel (Cuba) foi financiada pelo banco público BNDES por R$ 2,7 bilhões. E construído pela Odebrecht.
Pacto de sangue
E o ex-ministro Antonio Palocci revelou à Justiça espontaneamente, sem acordo de delação, o "pacto de sangue" entre Lula e a Odebrecht.
Propina em caixas
A propina era tão rotineira que Palocci contou fazer entregas de dinheiro vivo a Lula em caixas de celular e, claro, de uísque.
Regra de ouro preocupa mais que deficit primário
O rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas incluído no orçamento não é a maior das preocupações do governo federal para este ano. O que tem tirado o sono da equipe econômica é o cumprimento da "regra de ouro", que proíbe o governo de se endividar para fazer pagamento de pessoal. O cálculo no Orçamento prevê que gastos com servidores vão superar as receitas em R$ 248,9 bilhões, quase o dobro do deficit.
Poder do Congresso
Para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Bolsonaro fica nas mãos do Congresso e precisa aprovar um crédito suplementar.
Obviedade
Com deficits desde 2015, o governo não terá problemas em evidenciar a "necessidade urgente" exigida para abrir créditos suplementares.
Deu sorte
Especialistas lembram que o governo Temer, enfraquecido, não sofreu em 2018 porque o BNDES devolveu R$ 130 bilhões ao Tesouro.
Faltou informação
A estratégia de centrais sindicais para impedir a reforma da Previdência envolve "luta, greves e paralisações, para enfrentar propostas nefastas do governo," diz PT/CUT. Mas a nota oficial não menciona números.
Bola no chão
A inexperiência de alguns militares que assessoram o Planalto não ajuda muito nos momentos de tensão. Supervalorizam o noticiário e até flertam com o pânico. Falta um deles botando a bola no chão.
São uns artistas...
Lançado pela editora Oficina, "Sem título, uma performance contra Sérgio Moro" sustenta que foi "artística" a tentativa malandra de um desembargador ligado ao PT de soltar Lula aproveitando-se do plantão. O autor certamente vê poesia na corrupção do ilustre presidiário.
Um bilhão para partidos
A expectativa de partidos políticos na Câmara é de que o Fundo Partidário, verba anual distribuída entre os partidos políticos que atingiram a cláusula de barreira, será de mais de R$ 1 bilhão em 2019.
Mourão usa crachá
Poucos reparam no detalhe, mas o vice-presidente Hamilton Mourão está dispensando de qualquer adorno que o identifica, para ter acesso ao Palácio do Planalto. Mas faz questão de usar o crachá funcional.
Tem petista na linha
O Planalto acha que um petista fez o relatório com a lista do BNDES, o "mapa da mina" da corrupção do PT. Malandramente, o relatório diz ser "raro" não pagar o financiamento. Faltou dizer que ainda não venceu o prazo de carência de quase todas as obras financiadas em ditaduras.
Desafio dos dez anos
Em 2009, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse que "toda onda acaba em espuma", ao criticar quem havia notado que a "marolinha" de Lula era, na verdade, um tsunami devastador. Lupi acabou demitido, o Brasil em crise com mais de 12 milhões de desempregados. E Lula, preso.
Test-drive vip
O superministro da Justiça, Sérgio Moro, andou almoçando no self service administrado pelo Senac-DF, espaço-pedagógico de onde quase todos os alunos já saem empregados. Não deve gostar da ideia do colega Paulo Guedes (Economia) de cortar recursos do Sistema S.
Pensando bem...
...para a maioria das pessoas o "desafio dos dez anos" foi sobreviver aos governos do PT.
Folha de Londrina