Quarta-feira, 15 de Maio de 2024

Brasil
Publicada em 10/12/18 às 09:13h - 847 visualizações
Médium João de Deus é acusado de abuso sexual

Jornal Folha da Cidade

 (Foto: Jornal Folha da Cidade)
As denúncias contra o médium , mundialmente famoso por realizar cirurgias espirituais em Abadiânia (GO), vieram a público na madrugada de 8 de dezembro de 2018, no programa de tevê Conversa com Bial. A atração da Rede Globo relatou ter ouvido 10 mulheres, nove brasileiras e uma holandesa, que contam ter sido vítimas de violência sexual quando visitaram a Casa Don Inácio de Loyola, onde o médium costuma fazer seus atendimentos.

Das primeiras denunciantes, apenas a holandesa Zahira Lieneke, 34 anos, aceitou se identificar. Ela também foi a única que disse ter sido penetrada por ele. Os demais relatos são de que o médium teria solicitado para ficar a sós com a vítima e, então, apalpado seus corpos, colocado a mão das mulheres em seu órgão sexual e se esfregado nelas, muitas vezes por trás. Em vários dos relatos, as mulheres dizem que ele falava ter recebido uma entidade nesses momentos e argumentado que os atos eram uma forma de promover a cura.

Quantas mulheres denunciaram o médium?

O número parece chegar às centenas. Segundo o progama Fantástico, da Rede Globo, uma promotora que atua no caso foi procurada por cerca de 200 mulheres desde que a história veio à tona. A imprensa já ouviu dezenas delas. 

Além das 10 citadas pelo programa do jornalista Pedro Bial, o jornal O Globo publicou uma matéria, também no sábado (8/12), com outras três mulheres que se diziam vítimas. 

No mesmo dia, o Jornal Nacional, também da Rede Globo, apresentou mais um caso. Em Goiás, a TV Anhanguera entrevistou outras duas supostas vítimas. E, no DF e Entorno, o Correio Braziliense entrevistou duas mulheres que também contaram ter sofrido abuso sexual do médium. Uma é moradora do Noroeste e disse que tudo aconteceu em 2006 e a outra reside em Valparaíso de Goiás e conta ter sido abusada em 1999.

Uma das pessoas responsáveis por reunir esses relatos foi Sabrina de Campos, uma brasileira que vive em Barcelona. "Agradeço imensamente às primeiras mulheres que relataram os abusos. Tão logo os recebi, me coloquei à disposição para receber novos relatos e chegaram dezenas, (contra) vários líderes espirituais. Entre eles, do médium mais famoso do Brasil: João de Deus. Mobilizamos imprensa, jornalistas e produtores, e fiz a ponte com as vítimas que tinham condições psicológicas para repetir seus traumas", disse em suas redes sociais .

Há alguma investigação formal em curso?

Sim. O Ministério Publico de Goiás já investigava denúncias de abuso sexual contra João de Deus havia seis meses. Após o escândalo, a Delegacia da Mulher de Goiás informou que recebeu uma denúncia na sexta-feira (7/12) e que abrirá, nesta segunda-feira (10/12), uma investigação formal. 

O Ministério Público Federal (MPF) avalia o caso, devido à repercussão nacional e à possibilidade de haver vítimas em várias unidades da Federação e até fora do país. Além disso, o diretor-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes Almeida, pediu ao Serviço de Inteligência para levantar todas as informações sobre a vida do médium João de Deus
João de Deus nega que tenha realizado qualquer tipo de violência sexual contra pacientes. Em nota ao programa da tevê Globo que primeiro revelou as denúncias, a Casa Dom Inácio de Loyola classificou as acusações como "falsas e fantasiosas". "A sala em questão (onde as mulheres contam ter sido abusadas) é pública, qualquer um tem acesso a ela e jamais fica trancada. É lamentável, uma vez que o médium João é uma pessoa de índole ilibada", afirmou a instituição por meio de nota. 

Pouco antes da exibição do Conversa com Bial, o médium se manifestou em sua conta oficial no Instagram. "Não desistirei jamais da minha missão de amor. Perdoo todos aqueles que me fizeram ou tentam me fazer mal", se expressou.

Como reagiram os seguidores de João de Deus?

Ao menos inicialmente, os seguidores de João de Deus se mostraram céticos com relação ao teor das denúncias. Correio visitou a cidade de Abadiânia no sábado e conversou com algumas dessas pessoas. Todas disseram não acreditar que o médium seria capaz de cometer esse tipo de violência. Outras acreditam que se trata de uma tentativa de prejudicar João de Deus.   

Correio braziliense



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